2014-05-12 Rádio Vaticana
Para Agnès Adjaho, leiga empenhada no Benin, perita em questões de desenvolvimento à luz da Doutrina Social da Igreja, a conquista dos direitos da mulher na sociedade e na Igreja é uma questão de justiça.
Ela baseia-se para isso no Sínodo sobre a Justiça, realizada pelo Papa Paulo VI em 1971, e noutros documentos papais como, por exemplo, a Carta do Papa João Paulo II às Mulheres e mesmo as Exortações que se seguiram aos dois Sínodos especiais para a África "Ecclesia in Africa" e "Africae Munus".
Formada em Geografia, Agnès Adjaho interveio no colóquio "A Igreja em África: do Concilio Vaticano II ao Terceiro Milénio: Homenagem aos Papas João XXIII e João Paulo II", realizado pelo SCEAM (Simpósio das Conferências Episcopais da África) na Pontificia Universidade Urbaniana, em Roma, nos dias 24 e 25 de Abril. Falou do papel da mulher na Igreja e na sociedade, ilustrando o longo caminho percorrido pelas mulheres na conquista dos seus direitos a nível mundial e com o apoio das Nações Unidas, mas fez uma clara distinção entre o feminismo ocidental e africano, afirmando que, embora as problemáticas sejam as mesmas, os caminhos para se chegar a soluções podem ser diferentes, pois as africanas têm prioridades ligadas ao combate à pobreza e ao subdesenvolvimento que as suas irmãs do Norte do mundo ocidental não têm.
Oiça a interessante entrevista que nos concedeu e em que convida a uma maior difusão dos documentos papais sobre a justiça e sobre a mulher e recomenda à Igreja que tome em consideração os leigos, preocupando-se mais com os conteúdos do que com estruturas, e a criação de um departamento Mulher.
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