quinta-feira, 31 de julho de 2014

Mulher somali é morta por não usar véu, dizem familiares


Atualizado em  30 de julho, 2014 - 18:29 (Brasília) 21:29 GMT
Al Shabad (AFP)
Parentes da vítima disseram que assassinos são do Al-Shabab; grupo militante islâmico negou crime
Militantes islâmicos na Somália mataram a tiros uma mulher muçulmana que se recusou a usar o véu, disseram parentes da vítima.
Ruqiya Farah Yarow foi morta fora de sua cabana, perto de Hosingow, no sul da Somália, por homens armados pertencentes ao grupo Al-Shabab, dizem.
Eles contam que os militantes tinham ordenado que ela vestisse um véu e a mataram quando, após retornarem, notaram que ela ainda não estava usando a vestimenta.
Um porta-voz do Al-Shabab, grupo militante islâmico que tem ligações com a rede Al Qaeda, negou que o grupo tenha matado a mulher.
O Al-Shabab não controla totalmente a área onde ela estava morando, acrescentou.
Familiares, que pediram para não serem identificado por medo de represálias, disseram à BBC que Ruqiya foi morta por volta das 7h30 desta quarta (1h30 no horário de Brasília).
Ruqiya, que foi baleada duas vezes e morreu na hora, tinha marido e filhos.
Mogadishu
A capital do país, Mogadíscio, é controlada por um governo fraco apoiado pela ONU
O grupo Al-Shabab, que controla grande parte do sul e centro da Somália e tem influência sobre muitas áreas rurais do país, impõe regras rígidas de comportamento, incluindo códigos de vestimenta para homens e mulheres.
A jornalista da BBC na Somália Mary Harper diz que o fato do Al-Shabab negar ter matado Ruqiya sugere que membros desonestos dentro do grupo podem ter sido responsáveis por sua morte.
Também existe a possibilidade de o Al-Shabab querer se distanciar do tiroteio porque o episódio pode gerar uma forte reação pública, disse a jornalista.

Fonte http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/07/140730_mulher_somali_morta_kb.shtml

Agentes enfrentam obstáculos e medo no combate ao ebola


Atualizado em  30 de julho, 2014 - 14:15 (Brasília) 17:15 GMT
Médicos Sem Fronteiras na Guiné
Agentes sanitários enfrentam a desconfiança de moradores no interior da Guiné
Agentes de saúde envolvidos no combate ao surto do vírus ebola enfrentam dificuldades para atuar nas regiões mais remotas da África Ocidental.
Mais de 670 pessoas já morreram, mas em muitos vilarejos a população ainda trata médicos com desconfiança. Mesmo nos centros de tratamento, as chances de sobrevivência dos pacientes são pequenas.
Em Gueckadou, no sudeste da Guiné, das 152 pessoas atendidas, até o dia 23 de julho, 111 haviam morrido. Destas, 20 foram enterradas em covas sem identificação.
Uma das mortes mais recentes foi a de um bebê de quatro meses, cuja mãe, que lhe passou o ebola, morrera semanas antes.
"Estava com ele pouco antes de morrer, lhe dei uma mamadeira. Saí por alguns minutos para um descanso e quando fui chamada de volta o encontrei morto. Fiquei arrasada", afirmou à BBC a enfermeira Adele Milimouno, da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF).

Primeiro caso

Geckadou foi a localidade em que o primeiro caso de ebola foi confirmado, em março. De lá para cá, a epidemia se tornou a pior da história, segundo autoridades sanitárias.
A MSF e a Cruz Vermelha Internacional, que, juntos, contam com cerca de 400 agentes, dizem que a situação continua fora de controle.
Médicos sem Fronteiras na Guiné
Em Gueckadou, de 152 infectados até 23 de julho, 111 não resistiram ao vírus ebola
Na semana passada, a Nigéria se tornou o quarto país a confirmar um morte causada pelo vírus letal.
Apesar do enorme número de mortes, a enfermeira Adele Milimouno diz que os sobreviventes lhe dão forças para continuar o trabalho.
"Eu reúno toda a coragem para vir trabalhar e tentar salvar a minha comunidade", afirmou Milimouno, que foi recrutada em um dos vilarejos da região. "Tenho orgulho do meu trabalho. Conseguimos salvar cerca de 40 pessoas."
Os obstáculos são ainda maiores no povoado de Kollobengou, a 12km do centro de tratamento. Da última vez que agentes sanitários tentaram entrar lá, foram atacados e advertidos a não voltar mais. Muitos acreditam que os médicos estão espalhando a doença pelas comunidades para coletar órgãos dos mortos.

Medo

Outros acreditam que o vírus existe, mas têm medo de pedir ajuda.
Depois de semanas de negociações com líderes comunitários e mais uma morte, os moradores admitiram a entrada dos médicos.
BBC
Uma equipe da BBC acompanhou a visita dos especialistas. Ao chegarem na aldeia, o medo era visível: poucos são os que se arriscam a sair de suas casas.
O representante das autoridades locais pediu a palavra e fez um apelo para que os moradores deixassem os temores de lado e colaborassem com os agentes sanitários. Entre as medidas mais imediatas está a distribuição de sabonete e cloro. O vírus pode ser facilmente eliminado através de uma boa higiene pessoal.
Mas a região tem problemas mais básicos. "Como vamos nos lavar todo o tempo se não temos água limpa para usar?", pergunta um morador.

Incubação

Ao todo, 48 pessoas entraram em contato direto com infectados pelo ebola. Eles serão monitorados diariamente por três semanas, o período de incubação do vírus, para verificar se não foram infectados.
Outros dois povoados próximos a Gueckadou sequer permitiram a entrada dos médicos.
Mas o avanço é palpável. Há dois meses, eram 28 os vilarejos que não aceitavam a ajuda dos agentes sanitários.
Um funcionário da OMS, Tarik Jasarevic, culpa em parte a comunicação confusa das autoridades no início dos surtos pela resistência dos moradores ao auxílio.
BBC
"As pessoas ouviram dizer que não há vacina ou tratamento para ebola, então muitos pensaram: 'para que vou até um centro de tratamento, se nem existe tratamento?'"
"Depois, algumas pessoas acabaram indo, mas muitas morreram. Então, ficou a ideia de que sair do seu povoado é morte certa", disse Jasarevic.
Ele afirma que faltou insistir na maior chance de sobrevivência daqueles que vão a um centro de tratamento e no fato de que essa é também uma forma de prevenir o contágio do resto da família.
Embora autoridades digam que o número de infectados na região de Gueckadou e imediações esteja caindo, o vírus está longe de estar controlado.
Diariamente, milhares de pessoas cruzam as fronteiras da Guiné rumo a Serra Leoa e Libéria. Em apenas três dias, entre 20 e 23 de julho, foram registrados 71 novos casos em Serra Leoa e outros 25 na Libéria, em comparação aos 12 reportados na Guiné.

Fonte http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/07/140730_surtoebola_vj_ebc.shtml

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Mãe transforma cinzas da cremação de filho em 'diamante humano'

Vera Lúcia enviou 600 gramas das cinzas do rapaz para a Suíça

30/07/2014 às 11h44
Atualizado em 30/07/2014 às 12h15



Mãe transforma cinzas do filho em diamante (Foto: Encontro com Fátima Bernardes/TV Globo)

A mãe Vera Lúcia viveu uma tragédia familiar. O filho, de apenas 21 anos, morreu, há dois anos,  em um acidente brutal de bicicleta. Essa história seria igual a de muitas outras famílias, se não fosse por um detalhe: a mãe, que doou todos os órgãos do rapaz e optou pela cremação do corpo, decidiu transformar as cinzas do filho em diamante. Quando ela descobriu que este procedimento é possível, ela enviou 600g das cinzas para uma empresa na Suíça. 
"Pensei em fazer um pingente, mas não tive nem coragem de fazer.  Fiquei com medo. Ele fica no meu criado-mudo e agora que estou pensando em colocar. Porque ele é mais do que uma joia. Não é uma joia que possa ser reposta. Então eu tenho medo de perder", contou Lúcia que mostrou a preciosidade para Fátima.
A pedra preciosa ajudou Vera a se recuperar de uma perda tão dolorosa. "Ajudou bastante na recuperação, porque você sabe que é um pedacinho dele que está aqui. Mas o que ajuda mesmo é a fé. Deus dá alguns sinais que a gente até acha que não existem, mas são evidentes".
Vera Lúcia e o filho Miguel (Foto: Encontro com Fátima Bernardes/TV Globo)Vera Lúcia e o filho Miguel (Foto: Encontro com Fátima Bernardes/TV Globo)
A mãe também mostrou uma superação e força invejável. "Uma perda como essa nunca vai passar, mas a gente tem que seguir em frente. Eu tenho outros dois filhos. Eu tinha muito medo da morte porque tenho meus dois pais vivos, mas de repente meu filho que foi. Então isso me trouxe força para encarrar a vida diferente", finalizou.
VEJA O VIDEO
http://globotv.globo.com/rede-globo/encontro-com-fatima-bernardes/t/programa/v/vera-lucia-transformou-as-cinzas-do-filho-em-diamante/3530750/
Fonte http://gshow.globo.com/programas/encontro-com-fatima-bernardes/O-Programa/noticia/2014/07/mae-transforma-cinzas-da-cremacao-de-filho-em-diamante-humano.html

ONU, CNBB e governo federal unem-se contra o tráfico de pessoas

2014-07-30 Rádio Vaticana
Brasília (RV)
Celebra-se nesta quarta-feira, 30 de julho, Dia Mundial de Enfrentamento do Tráfico de Pessoas, convocado pela primeira vez pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Por ocasião desta data, realiza-se no Brasil a Semana Nacional de Mobilização pelo Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, com ações de visibilidade para o alerta contra o crime.
Apontado pelo Escritório da ONU sobre Drogas e Crime (UNODC) como uma das atividades criminosas mais lucrativas do mundo, o tráfico de pessoas atinge cerca de 2,5 milhões de vítimas. Há algum tempo, a CNBB também se preocupa com o assunto, que este ano, inclusive, foi tema da Campanha da Fraternidade. O Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz, Dom Guilherme Werlang, Bispo de Ipameri (GO), acredita que a ação da ONU é uma oportunidade para a continuação do debate levantado pela Campanha da Fraternidade.
“A ONU vem ao encontro do que a CNBB vem discutindo ao longo de muitos anos e que teve seu ponto mais alto na última Campanha da Fraternidade. Esperamos que as dioceses levem adiante outras iniciativas para combater esse crime”, disse ele, que pede que as pastorais continuem o trabalho de conscientização da população, para que não embarquem nas promessas fáceis que podem ser armadilhas para o tráfico de pessoas, de órgãos ou trabalho escravo.
A mobilização ocorre simultaneamente com a campanha Coração Azul, iniciativa do UNODC e do Ministério da Justiça.
No Rio de Janeiro, o Cristo Redentor foi iluminado de azul na noite de segunda-feira. Após um ato celebrado pelo Arcebispo da cidade, Card. Orani Tempesta, o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o representante do UNODC no Brasil, Rafael Franzini, apresentaram um novo relatório com dados inéditos sobre o crime no país.
Para demonstrar apoio às vítimas e promover a conscientização sobre o crime no 1º Dia Mundial contra o Tráfico de Pessoas, a campanha está convocando pessoas do mundo inteiro a postar uma foto nas redes sociais fazendo um coração com as mãos e a usar as hashtags #igivehope e #coraçãoazul.

terça-feira, 29 de julho de 2014

Pesquisa usa laser para 'desligar' vontade de comer


Atualizado em  29 de julho, 2014 - 07:58 (Brasília) 10:58 GMT
Credito: ThinkStock
Descoberta pode contribuir para tratamento de distúrbios como obesidade e anorexia
Cientistas descobriram um aglomerado de células cerebrais que conseguem frear a vontade de comer em camundongos.
E uma boa notícia para quem tem dificuldade de evitar a porção extra: ativar esses neurônios pode parar o consumo de alimentos imediatamente, de acordo com o estudo publicado na revista Nature Neurosciences.
Segundos os cientistas do Instituto de Tecnologia da Califórnia, as células nervosas atuam como uma mesa de controle central, combinando e retransmitindo mensagens diferentes no cérebro para ajudar a reduzir a ingestão de alimentos.
Usando raios laser eles conseguiram estimular esses neurônios, levando a uma parada completa e imediata no consumo de alimentos. Os pesquisadores acreditam que a descoberta possa contribuir, no futuro, para tratamentos de obesidade e anorexia entre humanos.
"Foi incrivelmente surpreendente", disse à BBC David Anderson, principal autor do estudo. "Foi como se você apertasse um interruptor e impedisse que os animais se alimentassem."
"Foi como se você apertasse um interruptor e impedisse que os animais se alimentassem."
David Anderson, pesquisador

'Interruptor'

Os pesquisadores utilizaram produtos químicos para imitar diferentes cenários - incluindo sensações de saciedade, mal-estar, náuseas e amargura. Eles descobriram que os neurônios estavam ativos em todas as situações, o que sugere que integram a resposta a diferentes estímulos.
As células trabalhavam rapidamente quando os ratinhos tinham consumido uma refeição completa, o que indica que elas também podem desempenhar um papel importante na prevenção de excesso de alimentação.
"Estas células representam o primeiro foco bem definido que inibe a alimentação no cérebro", disse Anderson.
"É provável que células similares existam no cérebro humano. Se isto for verdade e se for possível provar que estão envolvidas na inibição do apetite das pessoas, elas poderiam proporcionar tratamento para muitas desordens alimentares."
O próximo passo, segundo os pesquisadores, seria investigar como esse aglomerado de células interage com outros centros nervosos, já conhecidos, envolvidos na ingestão de alimentos.
Os neurônios estudados na pesquisa atual estão localizados em uma região do cérebro conhecida como amígdala - uma área que também está associada a emoções como estresse e medo.
"Esta é uma contribuição muito importante", avaliou Mohammad Hajihosseini, da Universidade de East Anglia, Reino Unido, que não participou da pesquisa.
"Os pesquisadores partiram de trabalhos anteriores e encontraram outro pedaço do quebra-cabeça no circuito longo e complexo envolvido no controle do apetite no cérebro.
"Uma das próximas perguntas a responder é se esses neurônios poderiam ser um importante elo entre a alimentação e as emoções."

Fonte http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/07/140729_cerebro_alimentacao_lab.shtml

Fatores que favorecem o avanço da AIDS no Brasil

2014-07-29 Rádio Vaticana
Cidade do Vaticano (RV)

Continuamos em nosso espaço de saúde a nossa conversa com o assessor Nacional da Pastoral da AIDS, Frei Luís Carlos Lunardi, sobre o aumento, no Brasil, em 2013, do número de novas infecções do vírus HIV. Ele nos fala ainda sobre alguns fatores que favorecem o avanço da epidemia no país.

No Brasil, o número de soropositivos é de 730 mil. Esta é a proporção mais baixa de todos os países lusófonos. Apesar de uma variação no ano passado, em todo o mundo a quantidade de infecções baixou 38% desde 2001.
O Brasil é citado no Relatório Gap, lançado recentemente pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids), por ter modificado as diretrizes para o tratamento, permitindo que todos recebam os antirretrovirais independentemente das taxas de infecção.
O Unaids acredita que 47% das pessoas que convivem com o vírus na América Latina morem no Brasil. Cerca de 30% das novas infecções na região são entre pessoas de 15 a 24 anos.
O documento também traz boas notícias no caso de contaminação com o HIV em crianças. Moçambique é um dos oito países, onde as taxas baixaram em 50% ou mais. Os outros países africanos são: Botsuana, Etiópia, Gana, Malauí, Namíbia, África do Sul e Zimbábue.
Frei Luís o que a Pastoral da AIDS tem feito para combater a doença no Brasil?
(MJ/Rádio ONU)

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Exercícios intensos de 6s 'melhoram saúde de idosos', diz pesquisa


Atualizado em  28 de julho, 2014 - 05:08 (Brasília) 08:08 GMT
Exercícios para idosos (Thinkstock)
Alguns especialistas preferem treinamentos curtos e intensos a exercícios mais longos
Pesquisadores da Escócia descobriram que seis segundos de exercícios físicos intensos podem transformar a saúde de idosos, ao reduzir a pressão sanguínea e melhorar o condicionamento geral ao longo do tempo.
Esta modalidade de treinamentos curtos, de alta intensidade, tem atraído cada vez mais seguidores, prometendo alguns dos mesmos benefícios que os exercícios convencionais, mas em um tempo muito menor.
O estudo piloto da Universidade de Abertay testou a hipótese em 12 aposentados. O grupo realizou exercícios intensos de bicicleta duas vezes por semana durante duas semanas.
Após os exercícios, os participantes reduziram sua pressão arterial em 9%, aumentaram a sua capacidade pulmonar e acharam mais fácil realizar atividades do dia-a-dia, como levantar-se de uma cadeira ou levar o cachorro para passear.
"Eles não foram excepcionalmente rápidos, mas para alguém dessa idade, foram", disse o coordenador do estudo, John Babraj.
"Muitas doenças estão associadas com o comportamento sedentário - como doenças cardiovasculares e diabetes - mas se mantivermos as pessoas ativas e funcionando, poderemos reduzir o risco (dessas doenças)."
Os resultados foram detalhados na publicação da Sociedade Americana de Geriatria, Journal of the American Geriatrics Society.

Seguro?

O estudo adotou a abordagem que advoga por explorar os limites do corpo durante apenas alguns segundos, em vez de gastar mais tempo em uma corrida de meia hora ou pedalar por alguns quilômetros.
Alguns especialistas argumentam que o treinamento curto e intenso é mais seguro do que o exercício convencional. Nestes últimos, taxas mais altas de batimentos cardíacos e pressão arterial podem levar a ataques cardíacos e derrames.
Babraj disse que corridas por longos tempos "colocam uma pressão maior sobre o coração em geral".
Já o método intenso pode ajudar a reduzir os custos "astronômicos" dos problemas de saúde em idosos, disse ele.
"Temos uma com alta média etária, e se não a incentivarmos a ser ativa, a carga econômica disso será astronômica."
Os exercícios usados na pesquisa podem ser realizados em casa, desde que os interessados procurem aconselhamento médico de antemão, segundo o acadêmico.
Mais de 10 milhões de pessoas no Reino Unido - de uma população total de 63 milhões - têm mais de 65 anos de idade, e esse número tende a aumentar.
No Brasil, há cerca de 14,9 milhões de pessoas nesta faixa etária, segundo o IBGE. O órgão prevê que essa fatia da população atingirá 58,4 milhões em 2060.
Especialistas consultados pela BBC elogiaram que o estudo tenha destacado os benefícios do exercício físico em qualquer idade.
"O estudo desafia a suposição de que tipo de exercício é correto na velhice", disse o secretário-honorário da Sociedade Britânica de Geriatria, Adam Gordon.
"A mensagem geral é que você nunca está velho demais, frágil demais ou doente demais para se beneficiar de exercícios, desde que sejam escolhidos com cuidado."

Fonte http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/07/140728_saude_exercicios_idosos_hb.shtml

domingo, 27 de julho de 2014

"Ficar grávida me custou R$ 114 mil, um divórcio e três abortos", relata inglesa que sofreu menopausa na adolescência

23/07/2014 06h01 - por Redação Marie Claire


Louise Gilbert tentou durante 20 anos realizar o sonho de ser mãe e agora quer contar sua história para dar força a outras mulheres que perseguem o sonho de dar à luz

Louise Gilbert e sua filha Sofia (Foto: Grosby Group)
Uma mulher que passou pela menopausa quando ainda era apenas uma adolescente diz não se arrepender de esperar 20 anos e gastar R$ 114 mil para conceber sua filha. Louise Gilbert, de 39 anos, passou duas décadas tentando fertilizações in vitro, que causaram a ela enorme estresse emocional e problemas financeiros.
Em julho de 2012, porém, ela realizou seu grande sonho: deu à luz Sofia. Agora, ela expressa sua gratidão à família, amigos, doadoras de óvulos e especialistas em fertilidade, que ajudaram a tornar o sonho em realidade.
"Em 2004, já havia tentado inseminação in vitro três vezes, todas falharam. Estava completamente inconsolável. Senti como se meu sonho tivesse se desintegrado. Quando segurei Sofia em meus braços pela primeira vez foi uma experiência irreal. Agora tenho a família perfeita", contou ao jornal "Daily Mail".
Todo o seu problema começou quando ela tinha apenas 19 anos e foi diagnosticada com menopausa precoce. "Insisti para fazer um ultrassom e verificar meus ovários. O exame confirmou que estava com menopausa."
Ela e o primeiro marido, com quem se casou em 1999, tentaram fazer o tratamento de fertilização pelo serviço público de saúde, mas o pedido foi negado. Eles decidiram, então, refinanciar a casa para pagar as tentativas.
Louise chegou a apelar para uma doadora de óvulos, colocando um anúncio em uma revista e, em 2001, começou o tratamento privado no hospital John Radcliffe, em Oxford. Ela conseguiu engravidar, mas perdeu os gêmeos que esperava. Após mais duas tentativas frustradas, o casal se separou em 2004.
Foi uma oportunidade para se concentrar em sua própria saúde e bem-estar. "Comecei a ir à academia e perdi peso. Mudei meu círculo social, fiz novos amigos e passei a aproveitar a vida um pouco mais."
Ela montou seu próprio negócio de cabeleireira e encontrou Mark Gilbert, de 37 anos, um mecânico, irmão de um cliente. Eles se casaram em maio de 2011. Seis meses depois, foram a uma clínica de fertilidade em Marbella, Espanha, onde recebeu uma doação de óvulos e um tratamento de fertilização, que custou mais R$ 37 mil.
Louise, Mark e Sofia (Foto: Grosby Group)
"Sabia que era o momento certo para tentar ter um bebê de novo e Mark se sentia da mesma maneira. Uma cliente mencionou que alguém com quem trabalhou tivera um bebê na clínica e fui encorajada ao saber que o centro tinha uma alta taxa de sucesso. Estava muito mais relaxada", contou.
O tratamento deu certo e a cabeleireira conseguiu engravidar de gêmeos. Infelizmente, ela perdeu um dos fetos com dez semanas de gravidez. "Só rezava para que o outro aguentasse. Passei várias noites sem dormir. Podia sentir o bebê chutando, mas parte de mim ainda se recusava a acreditar que ele realmente nasceria."
Há exatos dois anos, Louise, enfim, pode comemorar. "Mark não conseguia parar de chorar. Estávamos muito felizes. Passei por tanta coisa ao longo dos anos, estava simplesmente louca de felicidade. Agora quero que o maior número de pessoas saiba a minha história, porque sei que há milhares de outras mulheres na mesma situação que eu estava. Seria maravilhoso dar um irmão para Sofia, tornar a nossa família maior. Mas, se as coisas continuarem como estão, fico muito contente. Sofia é nosso milagre e estou extremamente grata por finalmente tê-la em minha vida", comemora.

Fonte http://revistamarieclaire.globo.com/Mulheres-do-Mundo/noticia/2014/07/ficar-gravida-me-custou-r-114-mil-um-divorcio-e-tres-abortos-relata-inglesa-que-sofreu-menopausa-na-adolescencia.html

Santo Padre às partes em conflito: "Por favor, parem. É hora de parar!"

2014-07-27 Rádio Vaticana
Cidade do Vaticano (RV)
Após a oração mariana do Angelus, o Papa Francisco – recordando que as crianças são as maiores vítimas das guerras - lançou um veemente apelo pelo fim dos conflitos: Parem! O Pontífice reiterou o pedido para se rezar pela paz e que as negociações e o diálogo tenham precedência sobre o conflito.
O Santo Padre iniciou sua mensagem recordando que nesta segunda-feira, 28, - dia de luto - recorre o centenário do início da Primeira Guerra Mundial, um conflito definido por Bento XVI como “tragédia inútil”, pelas milhares de vítimas e grande destruição que provocou. E desejou que se aprenda com a história para não se repetir os erros do passado.

O Oriente Médio, o Iraque e a Ucrânia, foram as três “zonas de crise” que receberam a atenção do Pontífice, mais uma vez, neste domingo, que reiterou o pedido de orações e a precedência do diálogo e da negociação sobre os conflitos:
“Em particular, o meu pensamento se dirige a três zonas de crise: a médio oriental, a iraquiana e a ucraniana. Vos peço para que continuem a se unir à minha oração para que o Senhor conceda às populações e às autoridades daquelas áreas a sabedoria e a força necessária para levar em frente, com determinação, o caminho da paz, enfrentando cada disputa com a firmeza do diálogo e da negociação e com a força da reconciliação. Que no centro de cada decisão não sejam colocados os interesses particulares, mas o bem comum e o respeito por cada pessoa”.
Ao recordar que tudo se perde com a guerra e nada se perde com a paz, Francisco voltou seu olhar para as crianças, as maiores vítimas inocentes dos conflitos, e faz um apelo veemente para que cessem os conflitos:
“Nunca a guerra. Penso sobretudo nas crianças, das quais se tira a esperança de uma vida digna, de um futuro: crianças mortas, crianças feridas, crianças mutiladas, crianças órfãs, crianças que têm como brinquedos resíduos bélicos, crianças que não sabem sorrir. Parem, por favor! Vos peço de todo o coração. É hora de parar! Parem, por favor!”. (JE)

sábado, 26 de julho de 2014

Drone localiza idoso com Alzheimer perdido nos EUA


Atualizado em  25 de julho, 2014 - 08:20 (Brasília) 11:20 GMT
Drone (AFP)
Autoridades de aviação limitam uso comercial de drones nos EUA
Um idoso com Alzheimer que havia se perdido foi localizado nos EUA com ajuda de um avião não-tripulado - um drone - privado.
Durante três dias, equipes de busca usaram cachorros, helicópteros e voluntários, mas não conseguiram encontrar Guillermo DeVenecia, de 82 anos, que se perdeu em Fitchburg, no Estado de Wisconsin.
O curso das buscas mudou quando David Lesh, que estava na região para visitar a família da namorada, acionou seu drone para ajudar nos esforços.
Em apenas 20 minutos, o veículo aéreo conseguiu localizar DeVenecia, que cambaleava em uma plantação de feijão na cidade.
Depois de passar três ao relento, ele estava um pouco desidratado. Mas acreditava ter saído de casa apenas algumas horas antes.
"Nunca imaginei que poderia usar isso para encontrar alguém", disse Lesh - que emprega o aparelho na produção de vídeos para sua empresa - à rede de TV NBC.

Ferramenta útil

O sucesso da operação pode pressionar autoridades americanas a relaxar regras que limitam o uso de drones em operações de busca e resgate.
Recentemente, uma disputa judicial opôs a Administração da Aviação Federal (FAA) e a organização EquuSearch, que havia sido proibida de empregar pequenos drones em suas operações de busca.
Um tribunal americano decidiu que a EquuSearch poderia continuar usando os dispositivos. Mas a decisão não afetou a autoridade da FAA na regulamentação do uso de drones.
A FAA anunciou que vai reconsiderar suas regras sobre o uso comercial de veículos aéreos não tripulados, e que essas novas regras devem ser implementadas até o final de 2015.

Fonte http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/07/140725_eua_drone_alzheimer_fl.shtml

Índia investe em bancos de leite materno no combate à mortalidade infantil


Atualizado em  26 de julho, 2014 - 15:13 (Brasília) 18:13 GMT
Banco de leite
O primeiro banco de leite humano no norte da Índia começou a funcionar em abril
Dois meses antes da data prevista para o nascimento de seu bebê, Gauri Meena deu à luz, prematuramente, um menino.
O bebê pesava 1,2 kg - menos de a metade da média de peso para bebês indianos do sexo masculino.
Meena e o marido Devilal, moradores de um vilarejo no Estado do Rajastão, região desértica no nordeste da Índia, temiam pela vida de seu filho.
Em novembro último, a conselho de um médico local, o casal embalou o bebê em um cobertor grosso e o levou, de ônibus, a um hospital administrado pelo governo indiano na cidade mais próxima, a 130 km de distância.
A equipe do Maharana Bhopal General Hospital, em Udaipur, disse ao casal que as chances de sobrevivência do bebê eram baixas.
Sem um sistema imunológico desenvolvido, a criança sofria de uma infecção bacteriana grave que pode levar à morte - a sepse, comum em prematuros.
Os médicos também disseram a Meena que era importante que seu filho recebesse leite materno, rico em hormônios e nutrientes que poderiam ajudá-lo a se fortalecer.

Excesso de Leite

Aos 22 anos de idade, desnutrida e estressada, a mãe não estava produzindo leite suficiente. Felizmente, no entanto, havia uma solução para o problema.
O primeiro banco de leite humano no norte da Índia - segundo a ONG que o administra - vem funcionando desde abril do ano passado para oferecer, gratuitamente, o que alguns profissionais de saúde descrevem como "ouro líquido". E o Brasil é tido como um modelo na adoção de iniciativas desse tipo.
Em uma pequena e bem equipada clínica instalada dentro do hospital, o banco coleta excesso de leite produzido por mães.
As doadoras são testadas para evitar a transmissão de doenças graves, como hepatite e Aids. O leite é retirado com o uso de uma bomba, pasteurizado e eongelado, e tem vida útil de quatro meses.
Desde que o banco começou a funcionar, mais de 660 mulheres concordaram em doar seu leite.
Como resultado, mais de 450 bebês que receberam tratamento na unidade de tratamento intensivo do hospital - inclusive o bebê de Meena - foram alimentados com leite materno.
"Ele está se recuperando rapidamente", disse o marido de Meena, seis dias após o bebê receber, por meio de um tubo, sua primeira dose de leite. Um mês depois, a família voltou para casa.
Apesar de uma redução nos índices de mortalidade infantil na Índia - em 2001, houve 2,3 milhões de mortes de crianças com menos de cinco anos, em 2012, o número caiu para 1,4 milhão - o país ainda responde por 20% das mortes de crianças globalmente. E a metade dessas mortes é de bebês com menos de 28 dias, segundo um relatório publicado na revista científica Lancet, em maio.
Os médicos dizem que, na Índia, as principais causas de mortes de crianças são infecções, nascimentos com peso inferior à média - que afetam o bebè em seu primeiro mês de vida - e, mais adiante, diarreia e penumonia.

Superalimento

Banco de leite
Maisde 660 mulheres doaram leite ao banco desde que ele foi aberto
A Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) dizem que o leite materno é a solução mais efetiva para esses problemas, especialmente se o bebê receber o leite logo após o nascimento e, exclusivamente, durante os primeiros seis meses de vida.
O banco de leite no Rajastão é administrado por uma ONG com sede em Udaipur liderada por um mestre de yoga, Devendra Agarwal.
Criado com um investimento relativamente modesto - US$ 16 mil (R$ 35 mil) - ele é um entre cerca de 11 em operação na Índia - calcula o diretor de operações do banco de leite, doutor RK Agarwal. In
Há expectativas de que outros dois bancos comecem a funcionar em Jaipur, a maior cidade do Rajastão, até o final do ano.
Profissionais de saúde dizem, no entanto, que as autoridades precisam promover os bancos de leite com muito mais energia.
"É difícil porque eles não acreditam que (a medida) traria grandes benefícios", disse a médica Armida Fernandez, que abriu o primeiro banco de leite materno da Índia, em Mumbai, em 1989.
Arun Gupta, coordenador de uma ONG que promove a amamentação na Índia, diz que bancos de leite só poderão ajudar a diminuir a mortalidade infantil se forem parte de uma estratégia mais ampla para promover a amamentação - como a adotada no Brasil.

Modelo brasileiro

Banco de leite
O banco de leite funciona em uma pequena clínica em um hospital público
O Brasil tem hoje mais de 200 bancos de leite materno - mais do que qualquer outro país do mundo.
Além dos bancos, a estratégia do país também inclui inciativas inovadoras como treinar carteiros para oferecer informações sobre amamentação a mulheres grávidas e usar bombeiros para coletar leite doado por mães.
Isso contribuiu para uma redução de 73% no número de mortes de crianças de 1990 para cá. Segundo o Unicef, o índice de mortalidade entre menores de cinco anos no país é hoje 14 mortes para cada 1000 crianças. Na Índia, o índice é quatro vezes maior - 56 em cada 1000.
"O modelo do Brasil é muito bem-sucedido, não apenas porque lá existem bancos de leite em todos os grandes hospitais, mas também porque a política também inclui treinar a equipe para oferecer melhor aconselhamento".
"Promover a amamentação requer muito trabalho. Na Índia, há uma escassez de profissionais bem treinados para educar as mulheres. Precisamos de um profissional para cada 1000 mulheres, é o que eu gostaria de ver", diz Arun Gupta.
Para o doutor Agarwal, o sonho é maior.
"Talvez não seja possível durante a minha vida", diz. "Mas eu quero leite meterno em pó à venda nas lojas".
"Se leite animal em pó está disponível, por que não leite humano em pó?"

Fonte http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/07/140721_bancos_leite_india_mv.shtml