terça-feira, 30 de setembro de 2014

Blogueira com síndrome rara posta fotos de comidas que 'melhoram saúde'

Fotos: Natasha Lipman

Guloseimas feitas por Natasha dispensam ingredientes não naturais, carne e processados
Como milhões de pessoas ao redor do mundo, Natasha Lipman publica no Instagram fotos da comida que come. Mas, no lugar de tortas e de jantares caros, ela fotografa seu suco verde da manhã e tira-gostos saudáveis.
Ela sofre de uma doença crônica e trocou medicamentos por uma restrita dieta baseada em plantas.
Dezesseis mil seguidores observam os progressos diários da londrina de 25 anos, à medida que ela tenta manter uma dieta de frutas, legumes, verduras, sementes, grãos e nozes.
Ela entrou inicialmente no Instagram para manter uma espécie de diário visual de sua dieta, mas afirma que o sucesso no site deve-se a mais do que fotos de comidas intrigantes, vitaminas e panquecas de chocolate não processado.
"Estou compartilhando o dia-a-dia de uma história de uso da comida como cura, e os altos e baixos da vida com uma doença crônica".
Nascida com a Síndrome de Elhers-Danlos, uma deficiência hereditária do tecido conjuntivo, Natasha está exposta a deslocamentos regulares de suas articulações. No ano passado, no entanto, ela desenvolveu dois problemas crônicos adicionais, uma Síndrome de Taquicardia Postural Ortostática, que impede o corpo de se regular, e uma intolerância à histamina que provoca alergias a alimentos como o tomate.

'Efeitos colaterais'

"Comecei a ficar tonta, desorientada, com o peito apertado e constantemente enjoada", ela escreveu em um artigo no Huffington Post sobre seus sintomas. "Não conseguia comer meia banana sem sentir que iria morrer e necessitava de dias para me recuperar, rolando na cama em agonia". Ela parou de trabalhar e se trancou em casa.
Fioto: Natasha Lipman
Os remédios que tomou também não fizeram efeito, ela conta, e provocaram "desconfortáveis efeitos colaterais que os médios jamais tinham ouvido falar". Uma droga fez com que ela sentisse como se sua pele estivesse sendo fatiada, outras, causaram alucinação.
No dia 1 de Janeiro de 2014, após inúmeras complicações, Natasha começou a questionar o papel da comida em seus problemas de saúde.
"Comida natural tem de ser boa para mim", ela decidiu, depois de meses pesquisando na internet. "Vou cortar todas as porcarias e ver o que acontece". Ela parou de comer carne, laticínios, glúten, açúcar refinado e todas as comidas processadas em favor de comidas baseada em plantas, particularmente gengibre, que tem propriedades curativas e analgésicas.

Sem medicamentos

Meses depois, Natasha diz que melhorou tanto que ela já poderia trabalhar em tempo integral de casa, e comer pratos cheios sem complicações.
Mas, enquanto alguns seguidores no Instagram tentam convencê-la a adotar hábitos como dietas de comida crua, Natasha diz que a pregação sobre algumas dietas é perigosa.
"Eu não tento nada sem pesquisa e tentativas em mim mesma", diz. "E jamais diria a qualquer pessoa que existe apenas um modo. Só porque leu alguns de meus posts não significa que eles entenderam meus problemas e as complicadas reações químicas que são únicas em cada um de nós".
À medida que se sentia melhor, Natasha foi reduzindo a medicação e, a despeito de poucas recaídas, ela agora não usa remédio. Mas a blogueira se mostra disposta a reforçar que isso é uma jornada pessoal e não quer que outros doentes parem de tomar remédios. "Medicamentos ajudam muita gente. Em algum ponto no ano passado eu não seria capaz de levantar se não fossem os remédios. Naquele momento, era do que eu precisava".
Natasha afirma que muita gente acha sua dieta "estranha", então, fazer amigos no Instagram foi uma das melhores coisas que poderiam acontecer. "E eu parei de incomodar a minha família com o papo de comida o dia todo".

Fonte http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/09/140930_blog_natasha_rp

Do aborto tardio à missão espacial: mulheres expõem contradições da China contemporânea

POR VISTA CHINESA

29/06/12  15:22
Na charge do chinês Caranguejo Maluco (nome fictício), uma seringa substitui o foguete . Trata-se de uma alusão ao caso de uma mulher obrigada a abortar por meio de uma injeção letal na mesma época em que a China enviava a sua primeira astronauta ao espaço.

Fabiano Maisonnave, de Pequim
(Atenção: imagem forte no final deste post.)
Nas últimas semanas, duas mulheres têm ocupado as manchetes do noticiário chinês por motivos bem diferentes, levando o país a se perguntar como histórias tão díspares coexistem na China contemporânea.
A bela e sorridente Liu Yang ganhou admiração por ter sido a primeira astronauta do país a entrar em órbita. A missão terminou nesta sexta (29), após 13 dias no espaço.
Já Feng Jianmei recebeu a compaixão do país por causa de uma foto em que aparece dividindo uma cama de hospital com um feto morto de sete meses, após ter sido obrigada a abortar por não cumprir a draconiana política do filho único.
A imagem, bastante forte, está no final deste post. Peço desculpas para quem a considerar demasiado gráfica, mas é importante para entender o impacto na opinião pública chinesa.
“Podemos mandar uma mulher astronauta para o espaço e podemos forçar uma camponesa a abortar seu feto de sete meses. Este é o melhor retrato do triste estado deste país _glória e sonhos juntos com humilhação e desespero”, escreveu no weibo (Twitter chinês) um internauta sob o pseudônimo Finja que está em Nova York.
Fen Jianmei, 22, já tem uma filha de seis anos. As autoridades locais cobraram uma multa de R$ 12.800 por ter engravidado pela segunda vez. Como a família não dispunha do valor, ela foi sequestrada em sua casa e levada ao hospital, onde recebeu uma injeção que induziu o aborto (daí a seringa na charge acima).
Depois que a foto provocou uma forte reação contrária do público, o governo chinês fez a sua reação típica: puniu as autoridades da Província de Shaanxi (o aborto só é legal na China até o sexto mês), mas também a família. Fen continua numa espécie de prisão domiciliar dentro do hospital, e o marido fugiu para Pequim após ameaças de supostos moradores da região, que os acusam de manchar a imagem do país.
Mas é justo registrar que, desta vez, a imprensa estatal chinesa deu bastante destaque à história, e em tom crítico.
Já a aterrissagem da piloto da Força Aérea chinesa Liu Yang, 33, e de seus dois companheiros foi acompanhada por milhões de telespectadores chineses nesta sexta.
Para viajar ao espaço Liu, tratada como heroína pela imprensa oficial, cumpriu vários requisitos que se parecem mais aos de um concurso de beleza do que de astronauta: teve de demonstrar que tinha pele e dentes perfeitos, além de ausência de mau hálito.
A astronauta Liu Yang deixa a cápsula que lhe trouxe de volta à Terra.

 
A foto de Feng Jianmei ao lado do feto morto. Imagem provocou indignação na China e no mundo.

Fonte http://vistachinesa.blogfolha.uol.com.br/2012/06/29/do-aborto-tardio-a-missao-espacial-mulheres-expoem-contradicoes-da-china-contemporanea/

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

O DRAMA DO ABORTO ESPONTÂNEO


O drama do aborto espontâneo

Aborto espontâneo. Só quem já passou por isso sabe a sensação que causa. E quem já viveu a situação também sabe bem que dividir a dor ajuda.

Mas como o assunto é pesado, às vezes acaba velado, transformando o sentimento em ainda mais dor.
Pensando nisso, a professora portuguesa Maria Manuela Pontes resolveu quebrar o silêncio e dar voz às mulheres que enfrentaram o mesmo problema que ela. Maria travou uma luta pela maternidade durante três anos e sofreu aborto espontâneo duas vezes. No livro "Maternidade interrompida - O drama da perda gestacional" (Editora Ágora, 2009), ela traz depoimentos que tratam da dor e do luto de mulheres que viveram essa situação.
Além do livro, ela fundou há oito anos o Projeto Artémis, em Portugal, onde vive. A associação apoia as mulheres vítimas desse tipo de perda e é uma das maiores organizações não-governamentais na área, oferecendo atendimento psicológico e aconselhamento às mães e a seus familiares.
Maria acredita que o aborto espontâneo é um tema pouco divulgado. "Existe um enorme silêncio ao redor do assunto, com nuances de um tabu que deve ser quebrado. A perda gestacional destrói vidas, famílias. É preciso dignificá-la e conhecê-la para que, de forma correta e humana, possamos ajudar essas mulheres", afirma.
O que ela fez então foi juntar o trabalho desenvolvido na associação com a experiência própria e mais dezenas de depoimentos que ouviu e organizou durante seis meses. "Ele é o meu rumo, a promessa que fiz de não cruzar os braços e a prova de que é possível sobreviver. Com ele, dou um sentido a tudo o que vivi", fala Maria sobre o livro.
Entre os depoimentos está o de Mafalda Sobral, que já sofreu nove abortos espontâneos, mas não perdeu o sonho de ser mãe. "Sofri indescritivelmente a dor da perda, de nove filhos que partiram. Todo o processo de sofrimento me condicionou como pessoa, mulher e profissional. É impossível não mudar, não se transmutarem os valores, as prioridades. Hoje, encaro o processo de perda como uma fase da vida que me ajudou a crescer como mulher", relata a advogada. Ela ignorou a opinião de médicos, amigos e família, acreditou que conseguiria ser mãe e hoje tem dois filhos.
O drama do aborto espontâneo
Divulgação
Em quatro capítulos, Maria traz mais testemunhos intensos como esse. O livro então serve tanto de apoio para essas mulheres quanto para os profissionais de saúde - que também precisam saber lidar com a situação. Ela finalmente conseguiu realizar o sonho de ser mãe pela primeira vez, em 2002, quando Vitória nasceu. Quatro anos depois, teve o segundo filho, Mateus. Em entrevista ao Vila Filhos, direto de Portugal, ela falou mais sobre esse problema que aflige centenas de mulheres.
Quais as maiores causas de abortos espontâneos identificados?
Normalmente a perda gestacional antes das 12 semanas (3 meses) é tida como uma seleção natural e, em Portugal, por exemplo, só após três perdas consecutivas é que se encaminha a mulher para um estudo profundo sobre o que realmente provocou o aborto espontâneo. Para mim, essa é uma ideia pouco humanizada que aumenta à indiferença. Mas entre as causas, posso citar desde problemas congênitos relacionados ao aparelho reprodutor, doenças auto-imunes, trombofilias e doenças infecciosas.
Como as mulheres reagem quando perdem um bebê espontaneamente?
Todas as mulheres, sem exceção, reagem mal. Sentem-se revoltadas, sozinhas, com muitas perguntas. Um dos sentimentos dominantes é a incompreensão, que leva a estados depressivos e a situações mais graves de psicoses, que necessitam de intervenção profunda e prolongada. A sociedade não aceita que estas mulheres chorem e as pessoas não compreendem porque se chora por um bebê que não nasceu. Por isso, elas se sentem completamente à margem do processo de luto. Passam-se anos, e a data da perda continua viva dentro delas. A perda passa a ser uma cicatriz e faz delas mulheres que calam um grito, essencialmente de dor e revolta.
O sofrimento dessas mulheres dura normalmente quanto tempo?
Toda a vida. Sei que deve parecer exagero, mas é a verdade. A dor apenas se transforma em saudade. Eu ainda hoje choro por meus bebês que partiram. Choro quando uma nova mamãe chega à Artémis e carrega toda aquela vivência que um dia foi minha. E as mulheres sofrem, por exemplo, quando chega a data em que deveria nascer o bebê, choram todos os anos as datas que marcam a perda e até quando voltam a ser mães e dão à luz. Todas as mulheres sofrem por toda a vida, apenas a dimensão é alterada.

Como eles conseguem superar a depressão e a dor? Qual a sua sugestão para essa superação?
Elas vão superando a dor aprendendo a conviver com ela. Por vezes, o apoio familiar é vital, o desabafar é uma ótima forma de ultrapassar o sofrimento, transformando-o em "acreditar" de novo.A depressão é mais complicada. Dificilmente uma depressão se auto-cura. É preciso intervenção de um profissional que oriente de forma terapêutica. Acredito que viver e conviver com histórias muito idênticas à nossa é a forma mais poderosa de se viver este luto.
E como encarar o desafio de uma nova gravidez? 
O desafio de uma nova gravidez, para quem já perdeu um filho, é algo atroz e bastante violento. Costumo dizer que quando engravidei da minha filha Vitória, todos os dias me preparava para perdê-la. Há mulheres que pura e simplesmente não fazem o enxoval do bebê antes do nascimento e vivem em sobressaltos diários, procuram sangramentos, dores, movimentos fetais indicadores de que mais uma vez, tudo vai acontecer. Viver uma gravidez depois de uma perda, depois de termos cicatrizados na memória momentos de autêntico drama, é muito complicado e bastante desgastante emocionalmente.
Pode explicar melhor o trabalho da Artémis? 
A Artémis já atendeu centenas de mulheres, com o objetivo de preencher as lacunas existentes na sociedade, pela incompreensão absurda desta realidade, e no meio médico, pela falta de dignidade no atendimento hospitalar. Os próprios profissionais de saúde são os primeiros a desvalorizar a perda.
Por Sabrina Passos (MBPress)

Fonte http://vilamulher.com.br/mae-filhos-familia/gravidez/aborto-espontaneo-8-1-53-71.html

domingo, 28 de setembro de 2014

Cadelinha é treinada para identificar indícios de câncer pelo faro

Edição do dia 28/09/2014
28/09/2014 21h42 - Atualizado em 28/09/2014 21h42

Life estava em um canil para ser sacrificada. Até que um treinador cuidou dela e a levou para o projeto. Cadela fez teste 402 vezes e não errou nenhuma.


Uma cadela aposentada pela polícia é a personagem principal de um estudo científico na luta contra o câncer. Ela atende pelo sugestivo nome de Life, que quer dizer vida.
A cadelinha brincalhona de 5 anos traz no nome a esperança de quem luta contra o câncer. Life foi treinada para ajudar no diagnóstico da doença.
A cachorrinha é da raça Pastor Belga de Malinois e já trabalhou na Polícia Militar de Goiás.
Foi aposentada de ter sido atacada por um Pitbull. Ela estava em um canil e ia ser sacrificada.

A pata machucada não foi problema para Ricardo, que adotou Life e levou a cadelinha para Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. “Na hora que eu bati o olho nela e joguei uma bolinha para ela, falei: é o cachorro que eu preciso. Vou levar embora’”, conta Ricardo Cazarotte.
Ricardo é treinador de cães da PM. E precisava de um cachorro para um projeto ousado. Ele começou a treiná-la para encontrar indícios de tumores de próstata na urina de pacientes.

“Eu estou fazendo que ela aprenda a sentar a hora que ela tenha que sentar e cheirar, pôr o nariz, o focinho, aonde eu necessito que ela coloque”, explica Ricardo.

Há dois anos, a rotina deles é do canil para o centro de treinamento. Para Life, tudo não passa de brincadeira. Mas ela está ajudando a ciência.
O Ricardo também teve que estudar as condições ideais para realização do teste. Ele não pode ser feito em qualquer lugar. Tem que ser em um ambiente climatizado, com temperatura entre 25ºC e 30ºC, e a urina precisa ser congelada antes. “Porque vai manter as propriedades da urina e, quando a gente descongela, chegamos à temperatura ideal, fica muito mais fácil, porque as moléculas se desprendem e o cão consegue localizar”

As amostras de urina foram doadas pela USP de Ribeirão Preto. O treinador usa seis.
Cinco são identificadas com a letra 'C'. Exames de 'controle', ou seja, urina de pessoas que não têm a doença.  E uma das amostras tem o 'P', de 'positivo' para o câncer. Os exames são distribuídos aleatoriamente em hastes de metal. A Life para em frente à amostra do paciente com câncer, na primeira haste.

Para repetir o teste, o treinador descarta a amostra já identificada. Em seguida, a urina do paciente com câncer é colocada na haste três. Mais uma vez, Life acerta.
A cadela fez o teste 402 vezes e não errou nenhuma. Mas qual a explicação para Life identificar sinais da doença na urina de pacientes com câncer?

Enquanto o olfato humano conta com cerca de 5 milhões de células sensoriais, o cachorro tem 220 milhões dessas células. Isso faz com que ele tenha muito mais sensibilidade para sentir cheiros.

Os pesquisadores sabem que o odor da urina do homem com câncer de próstata é diferente que o de homens saudáveis.
O câncer de próstata é o mais comum entre os homens, responsável por mais de 22% dos diagnósticos do Brasil. Uma estimativa do Instituto Nacional do Câncer mostra que só este ano 68 mil novos casos devem ser confirmados. O problema é que para ter essa confirmação o homem precisa passar uma biópsia.
“A biópsia é um exame invasivo e tem até risco de morte. Não é grande mas existe: menos de 1”, avalia Rodolfo Reis, pesquisador da USP de Ribeirão Preto.
Agora, o desafio dos pesquisadores é descobrir que substância é essa que a Life consegue farejar na urina de pacientes com câncer.
Nos Estados Unidos, cachorros são usados para detectar câncer há mais de 10 anos. A diretora da fundação In Situ, referência nesse tipo de estudo, diz que não existe uma raça ideal para isso.

Tudo depende do temperamento do cachorro. “O que nós observamos é que o temperamento, a personalidade, se o cachorro teve algum treinamento anterior”, diz Dina Zaphiris.
Na fundação, pastores alemães e até vira-latas ajudam a encontrar diversos tipos de tumor: no ovário, no pulmão, na mama. E quanto mais novinho o cão, mais fácil o treinamento.
Por enquanto, a pesquisa brasileira está só começando. E ela não substitui o exame clínico.
Mas, no futuro, estudos como o da cadelinha Life podem levar a um diagnóstico mais rápido. E quanto mais rápido, maiores as chances de cura.
“São estudos iniciais, cabe ainda publicações, reconhecimento, para a gente poder usar isso de maneira definitiva. Esse caminho é excelente uma vez que você evieta desconforto para o paciente. É muito bem-vindo”, afirma Roberto Machado, médico urologista do Hospital do Câncer de Barretos.

Fonte http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2014/09/cadelinha-e-treinada-para-identificar-indicios-de-cancer-pelo-faro.html

sábado, 27 de setembro de 2014

Estudo diz que curry pode ajudar cérebro a se regenerar

Curry / Crédito: BBC

O açafrão-da-terra, usado no curry, pode ajudar a reparar lesões no cérebro
Um estudo alemão sugere que o famoso molho indiano curry pode ajudar a combater doenças degenerativas graves, como o Alzheimer.
Segundo a pesquisa, feita com ratos, um dos componentes que torna o curry picante pode acelerar a capacidade de regeneração do cérebro.
O estudo foi feito no Instituto de Neurociência e Medicina, na Alemanha, e publicado no jornal científico "Pesquisas e terapias com células-tronco".
Ele concluiu que um composto encontrado no açafrão-da-terra (ou curcuma) – um dos ingredientes do curry - pode estimular o crescimento de células nervosas que seriam parte do ‘kit’ de reparação do cérebro.
Cientistas avaliam que, baseado nesse estudo, é possível achar um caminho para remédios mais eficientes para tratar o mal de Alzheimer.
Mas para a pesquisadora britânica Laura Philipps ainda é cedo para tirar conclusões sobre o efeito do curry em doenças degenerativas.
"Não está claro se os resultados dessa pesquisa funcionarão também para pessoas ou se essas novas células cerebrais poderiam beneficiar quem tem Alzheimer", diz Philipps.
"Precisamos de estudos mais avançados para entender os efeitos desse componente em uma doença tão complexa como o Alzheimer - e até lá as pessoas não devem começar a estocar açafrão-da-terra."

Pesquisa

Os pesquisadores do Instituto de Neurociência e Medicina estudaram os efeitos do turmerone aromático, um composto natural encontrado no açafrão-da-terra.
Açafrão / Crédito: Thinkstock
O tumerone aromático, um componente do açafrão, pode estimular o desenvolvimento de células-tronco
Eles injetaram o componente nos ratos e, em seguida, passaram a monitorar o cérebro dos animais.
Com o tempo, notaram uma atividade maior de uma parte específica do cérebro onde há o crescimento e desenvolvimento de novas células nervosas.
Por causa desse resultado, os cientistas acreditam que o componente do açafrão-da-terra pode estimular a proliferação de células cerebrais.
Em uma parte separada do estudo, os pesquisadores mergulharam células-tronco neurais em diferentes concentrações do tumerone aromático.
Essas células têm a capacidade de se transformar em qualquer célula cerebral e os cientistas sugerem que elas poderiam ter um papel importante na reparação do cérebro após uma lesão ou doença.

Descobertas

"Em seres humanos e animais mais desenvolvidos, essas células-tronco neurais parecem não ser suficientes para reparar o cérebro, mas em peixes e pequenos animais menores funcionam bem", explicou a pesquisadora Maria Adele Rueger, que fez parte da equipe que fez o estudo.
Segundo a pesquisa, quanto maior a concentração de turmerone aromático, maior o crescimento das células-tronco neurais.
As células banhadas no componente parecem ter se desenvolvidos em células cerebrais de forma mais rápida.
"É interessante que seja possível aumentar a eficácia das células-tronco com o turmerone aromático", diz Rueger.
"E é possível que isso também possa ajudar no reparo do cérebro."
Rueger está avaliando se seria viável fazer testes em seres humanos para avançar na pesquisa.

Papa faz uma forte e silenciosa declaração anti-aborto


2014-08-16 Rádio Vaticana
Kkottongnae (RV)

O Papa Francisco, em geral, evita pronunciar-se sobre temas como o aborto, argumentando que a doutrina da Igreja para a santificação da vida é bastante clara e conhecida e, por isso, ele prefere enfatizar outros aspectos do ensinamento da Igreja.
No entanto, o Papa fez, neste sábado, um forte pronunciamento, apesar de silencioso, contra o aborto, ao reter-se em oração diante de um monumento para crianças que jamais viram a luz do mundo. O local faz parte da comunidade dedicada aos cuidados de pessoas com deficiências genéticas que, frequentemente, são utilizadas para justificar os abortos.
O Papa baixou a cabeça em oração diante das centenas de cruzes brancas do monumento e conversou com um ativista anti-aborto que não tem nem os braços e nem as pernas. (R.B)

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Aumento de manequim indica risco mais alto de câncer, diz estudo

Helen Briggs

  • 25 setembro 2014

Mulher tenta abotoar saia. Credito: Thinkstock
Monitorar aumento no número da saia a partir dos 20 pode ajudar a observar chances de câncer
Precisar vestir saias com numeração cada vez maior ao longo da vida pode ser um sinal de alerta para risco de câncer, de acordo com uma pesquisa do University College London.
O estudo apontou que mulheres que subiram um tamanho de saia a cada década após os 20 anos tinham um risco 33% maior de ter câncer de mama após a menopausa.
Entretanto, especialistas apontaram limitações na metodologia do estudo, como se basear na memória das mulheres para lembrar seus tamanhos de saia aos 20 anos de idade e não considerar mudanças na padronização dos tamanhos de roupas ao longo das décadas.
Observar o tamanho da saia a partir dos 20 anos pode ser uma maneira simples de controlar o ganho de peso, disseram os pesquisadores à publicação científica BMJ Open.
A obesidade, especialmente a gordura na barriga, é um conhecido fator de risco para o câncer.
"Se o tamanho da saia puder ser confirmado por outros como um bom indicador do risco de câncer de mama em mulheres mais velhas, seria uma maneira muito simples e fácil de monitorar o ganho de peso", disse à BBC a pesquisadora Usha Menon, do Departamento de Câncer de Mulheres.

Estilo de vida

O estudo acompanhou mais de 90 mil mulheres de 50 a 60 anos que vivem na Inglaterra. Durante os três anos do período de acompanhamento, 1.090 delas desenvolveram câncer de mama.
Cada aumento de uma unidade no tamanho britânico de saia a cada dez anos (por exemplo, passar de 12 para 14, ou, no Brasil, de 38 para 40) a partir dos 25 anos até o período pós-menopausa estava associado a um risco de câncer de mama 33% maior, calcularam os pesquisadores.
Subir dois tamanhos de saia no mesmo período representou um risco 77% maior, eles relataram.
Comentando a pesquisa, Simon Vincent, da organização Breakthrough Breast Cancer, disse: "Nós sabemos que 40% dos cânceres de mama podem ser evitados por mudanças de estilo de vida, como realizar atividades físicas regulares e manter um peso saudável."
"Este estudo destaca uma maneira fácil de controlar o seu ganho de peso ao longo do tempo. As mulheres são mais propensas a lembrar o tamanho da saia quando eram mais jovens do que seu IMC", acrescentou.

Limitações

Porém, os pesquisadores disseram que o estudo tem algumas limitações - uma delas, o fato de ter se baseado na memória das mulheres para lembrar com precisão o tamanho da saia aos 20 anos de idade.
Além disso, Tom Stansfield, do Cancer Research UK, aponta que os padrões de tamanhos de roupas mudaram ao longo dos anos. Juntos, estes dois fatores diminuem a confiabilidade do estudo, opinou o especialista.
"As evidências indicam que as coisas mais importantes que você pode fazer para reduzir o risco de câncer de mama, especialmente após a menopausa, são manter um peso saudável, realizar atividades físicas e diminuir o consumo de álcool", disse Stansfield.
"Manter um peso saudável é importante para ajudar a reduzir o risco de câncer de mama após a menopausa. Usar os tamanhos de saia para ajudar as mulheres a entender isso é interessante, mas saber se você está acima do peso é mais importante."

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Ex-Médico abortista faz revelação surpreendente

Ele foi por 2 anos o diretor da maior clínica de aborto do mundo.
Assim escreve: “dirigi a maior Clínica abortista do mundo. Tinha dez salas de operação e trinta e cinco médicos às minhas ordens. Realizávamos cento e trinta abortos por dia, mesmo aos domingos. Só não trabalhávamos no dia de Natal. Tenho de confessar que fo­ram praticados, às minhas ordens, sessenta mil abortos. Eu, pessoalmente, fiz uns cinco mil.”  
Quando surgiu a fetologia, constatou que a vida humana começava na fecundação; ele tomou consciência de que o feto é uma vida, e uma vida humana.
Parou imediatamente de praticar o aborto e começou uma das maiores campanhas contra o aborto já feitas.
Ele diz: “ Eu Me recuso a acreditar que a humanidade que chegou até a lua , não possa criar uma solução melhor do que recorrer à violência”
Dr. Bernard Nathanson abre o jogo e revela como fazem os abortistas para conquistarem a opinião pública e a aprovação das leis a favor do aborto:
(obs: lembrando que ele compôs a equipe que conseguiu que nos EUA o aborto fosse legalizado)
1º A tática de ganhar a simpatia dos meios de comunicação
“Nós persuadimos os meios de comunicação que a causa de permitir o aborto era uma causa liberal, esclarecida, sofisticada. Sabendo que se uma pesquisa fiável fosse feita, nós seríamos derrotados, nós simplesmente fabricamos resultados de pesquisas fictícias. Anunciamos aos meios de comunicação que tínhamos feito pesquisas e que 60% dos americanos eram favoráveis à liberalização do aborto. Esta é a táctica da mentira auto-satisfatória. Poucas pessoas gostam de fazer parte da minoria”
 A tática de atacar o Catolicismo
“Nós sistematicamente difamamos a Igreja Católica e suas “ideias socialmente retrógradas” e colocamos a hierarquia católica como o vilão que se opunha ao aborto. Esta música foi tocada incessantemente. Nós divulgávamos aos media mentiras tais como: “todos sabemos que a oposição ao aborto vem da hierarquia e não da maioria dos católicos” e “pesquisas comprovam que a maioria dos católicos quer uma reforma na lei contra o aborto”. E os media martelavam tudo isto sobre os americanos, persuadindo-os que alguém que se opusesse ao aborto permissivo devia estar sob a influência da hierarquia Católica e que católicos favoráveis ao aborto eram esclarecidos e progressistas. Uma inferência desta táctica foi a de que não havia nenhum grupo não-Católico oposto ao aborto. O facto de que as outras religiões Cristãs e não-Cristãs eram (e ainda são) monoliticamente opostas ao aborto foi constantemente suprimido, assim como as opiniões de ateístas pró-vida.”
3º A tática de denegrir e suprimir toda evidência de que a vida se inicia na concepção
“Uma táctica pró-aborto favorita é insistir em que a definição de quando a vida inicia é impossível; que esta questão é uma questão teológica, moral ou filosófica, nada científica. A fetologia tornou inegável a evidência de que a vida se inicia na concepção e requer toda proteção e o cuidado de que qualquer um de nós necessita. Porque, podem perguntar, alguns médicos americanos, cientes das descobertas da fetologia, desacreditam-se fazendo abortos? Simples aritmética: a US$ 300 dólares cada, 1,55 milhões de abortos significam uma indústria de US$ 500.000.000 dólares anuais, dos quais a maior parte vai para o bolso do médico que faz o aborto. É claro que a permissividade do aborto é claramente a destruição do que é, inegavelmente, uma vida humana.”
“COMO CIENTISTA EU SEI – NÃO APENAS ACREDITO – QUE A VIDA HUMANA SE INICIA NA CONCEPÇÃO”
Não encontramos somente o Dr. Bernard Nathanson, mas uma lista enorme de grandes cientistas conceituadíssimos que afirmam que a vida humana começa na concepção, como:
  • Jérome Lejeune( geneticista Francês, descobridor da causa da Síndrome de Down)
  • Prof.Dr. Franz Bucher (Biologista Sueco)
  • Dr.Daniel Ferrão ( biólogo Português)
  • Prof. Dr. Antonio Gentil Martins (biólogo Português)
  • Dr. Aureliano Dias ( Médico autor de vários livros de Medicina em Portugal)
  • Sérgio Ferraz ( Jurista, Professor, advogado)
    Etc. Etc. Etc.
Como já foi denunciado,pelo Dr. Bernard Nathanson, os abortistas usam a tática de aumentar enormemente o número suposto de abortos provocados, bem como o de mortes maternas decorrentes para legalizar o aborto. Essa história é antiga e está se repetindo no Brasil.
O ministério da saúde patrocinou um vídeo promovendo o aborto, que custou $80.000 (oitenta mil reais) aos cofres públicos; dinheiro de impostos; e este vídeo circula na Internet e é claramente tendencioso e promotor do aborto.
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Tiba Camargos Mineiro de Divinópolis Formado em Filosofia Missionário da Comunidade Canção Nova à 9 anos; Apresentador do programa "Vitrine Canção Nova" do quadro "Geladeira" no programa PHN e do "Desencana" na WebTVCN. Fotógrafo Atualmente coordena o núcleo Jovem da TV Canção Nova.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Estado do Rio ultrapassou marca de 67 mil abortos no ano passado


Pesquisa realizada a pedido do GLOBO usa como base dados de internações registradas pelo Sistema Único de Saúde

POR FÁBIO TEIXEIRA
24/09/2014 5:00


RIO — O Estado do Rio ultrapassou, no ano passado, a marca de 67 mil abortos, aponta um levantamento feito pelo pesquisador Mario Giani, do Instituto de Medicina Social da Uerj, a pedido do GLOBO. O trabalho mostra que teriam sido realizadas pelo menos 67.544 intervenções desse tipo em 2013. Para chegar a esse número, o pesquisador usou informações disponíveis no Data SUS, que registra as internações (foram 16.886 em 2013) decorrentes de abortos espontâneos e induzidos. A partir desse dado, Giani calculou que, para cada aborto com complicações que chega ao SUS, outros quatro são feitos de forma clandestina.

Em conjunto com Leila Adesse, membro da ONG Ações Afirmativas em Direitos e Saúde, Giani é responsável pelo documento “Magnitude do abortamento induzido por faixa etária e grandes regiões”, que busca fazer um levantamento do problema. No plano nacional, o estudo aponta que foram realizados entre 685.334 e 856.688 abortos no ano passado, como já noticiado pelo GLOBO.

— O método usado para estimar o real número de abortamentos induzidos foi proposto pelo Alan Guttmacher Institute e validado pela OMS — explica Giani.

No município do Rio, foram, segundo os cálculos do pesquisador, 31.756 abortos clandestinos — que resultaram em 7.939 internações por conta de procedimentos espontâneos e induzidos. A capital é de longe a cidade do estado com o maior número de abortos. Duque de Caxias vem na segundo colocação, com 3.676 cirurgias (e 919 internações).

CLÍNICAS CLANDESTINAS

Partindo desses dados, Giani traçou uma estimativa de quantos leitos clandestinos são necessários, por dia, para atender as mulheres: no estado, seriam 185, enquanto no município, 87. O pesquisador partiu da premissa de que todos os abortos seriam feitos em clínicas clandestinas.

A clínica em Campo Grande, por exemplo, que atendeu a auxiliar administrativa Jandira Magdalena dos Santos Cruz, cujo corpo foi identificado nesta terça-feira, fazia quatro ou cinco abortos por dia, segundo Rosemere Aparecida Ferreira, acusada pela polícia de chefiar o grupo responsável pelos procedimentos.

O Estado do Rio tem de 20 a 30 abortos anuais para cada mil mulheres entre 10 e 49 anos, taxa considerada de média a baixa em relação aos números do país (onde a taxa pode passar de 40). Os dados mais recentes são de 2007, de uma pesquisa da Faperj coordenada por Giani.

A Região Metropolitana do Rio, na qual se insere a capital, tem de 15 a 20 abortos para cada mil mulheres. No Norte Fluminense, na Baixada Litorânea e na Costa Verde, a média é de 20 a 22 abortos para cada mil.

Para o presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj), Sidnei Ferreira, os números são impressionantes:

— Acredito que o número real seja maior que isso. Há uma subnotificação. Muitas mulheres têm complicações e não comparecem aos hospitais.



Fonte
Read more: http://oglobo.globo.com/rio/estado-do-rio-ultrapassou-marca-de-67-mil-abortos-no-ano-passado-segundo-levantamento-14029362#ixzz3EEgQTBz7

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Estudo liga falta de hormônio na gestação a crianças ruins de matemática


Foto: Thinkstock
No futuro, diz pesquisador, suplementos poderão ser usados para estimular desenvolvimento mental do feto
Um novo estudo indica que, durante a gestação, baixos níveis de um hormônio produzido pela glândula tireoide da mãe influenciam negativamente o desempenho de uma criança em matemática nos seus primeiros anos na escola.
Pesquisadores holandeses registraram o nível do hormônio tiroxina em mulheres quando estavam na 12ª semana de gravidez e, depois, acompanharam suas 1.196 crianças saudáveis do nascimento até completarem cinco anos de idade.
Depois, eles analisaram as notas destas crianças em línguas e aritmética. Aquelas cujas mães tinham um baixo nível de tiroxina na gestação tiraram notas abaixo da média em aritmética.
No entanto, dizem os cientistas liderados por Martijn Finken, do VU University Medical Centre, de Amsterdã, não houve diferença nas notas em línguas.
"Ainda é preciso saber se isso persiste na idade adulta. Continuaremos a monitorar estas crianças para responder a isso", diz Finken.
Os resultados foram apresentados durante o encontro anual da Sociedade Europeia de Endocrinologia Pediátrica, em Dublin, na Irlanda.

Metabolismo

Também conhecido como T4, o hormônio tiroxina tem a função de estimular o metabolismo das células do organismo.
Um baixo nível de tiroxina em mulheres grávidas já havia sido relacionado a problemas no desenvolvimento mental na infância, levando depois possivelmente a dificuldades no aprendizado e problemas de crescimento.
Finken sugere que, no futuro, testes hormonais possam ser usados para identificar crianças que precisam de ajuda com matemática na escola.
"É possível que essas crianças possam se beneficiar de suplementos hormonais para melhorar seu desenvolvimento cerebral quando ainda estão no útero", afirma o cientista.
"Este tipo de tratamento já foi tentado antes, mas não melhorou as habilidades cognitivas. No entanto, o momento em que este tratamento é aplicado por influenciar seu sucesso."